terça-feira, 12 de junho de 2012

Mas eu posso pedir pro porteiro jogar fora, quando eu lembrar que a caixa existe.

Minha crueldade agora mora na calma. Se mistura com a felicidade que você me deu me aliviando do peso que era ter você, então não é pecado. É uma felicidade muito feliz pra mim, obrigada, mas cruel pra você. E um dia, saiba, você vai saber o quanto.


Papéis voando pela janela, garrafas pela sacada, portas batendo, xingamentos no corredor, nada disso me comove. Aquela imbecil soluçando enquanto escorre pela porta fechada é uma coitada que não mora mais aqui - não, esses clichês deram o fora com você.

E todo o resto, como tudo que não se encaixa, está em uma caixa, na portaria, a te esperar. Ela. Eu nunca mais.



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